sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A construção da leitura e da escrita tem crescido muito ao longo do tempo e podemos notar que sua significação está diretamente ligada aos avanços tecnológicos...
Entrevista feita com o Senhor André Alves da Costa, 88 anos, natural de Morpará na Bahia (que passava férias em São Paulo).
Ele me contou na entrevista que sempre teve muita dificuldade com a falta da leitura e da escrita, principalmente quando vem passar temporada em São Paulo. Relata ainda que sempre soube contar dinheiro e assinar o próprio nome, além de reconhecer a maioria das letras do alfabeto, mas que isso nunca foi o suficiente para poder tocar a própria vida (como por exemplo, ir ao banco, assinar papéis – pois sempre tinham que apontar para ele aonde assinar).
E mesmo hoje para se comunicar com outras pessoas, ainda que por telefone, precisa que alguém o auxilie a fazer a ligação.
Para fazer uma comparação, o filme “Narradores de Javé” nos mostra como as pessoas letradas sobre as pessoas mais populares, sem conhecimento. O que pude perceber é que como as pessoas que passam por dificuldades sobre a leitura e a escrita não se sentem muito à vontade de pedir favores para terceiros, acabam utilizando as novas tecnologias, como por exemplo, o telefone.